Talvez você não saiba, mas a palavra “reumatismo” tornou-se um termo médico obsoleto, que há algum tempo deixou de fazer parte do vocabulário médico. Contudo, ainda é muito utilizada por boa parte da população em geral, pois regularmente é associada a casos de enfermidades localizadas nos sistemas muscular e osteoarticular.
Desde então, a expressão atualmente aceita pelos profissionais de saúde é doença reumática ou reumatológica, pois referem-se a um grupo de doenças de origens distintas que acometem os mesmos locais — como artrite, artrose, osteoartrite e gota.
Mas é importante destacar que é necessário ir além de apenas diagnosticar o paciente com uma doença reumática. Deve-se identificar precisamente qual sua causa, pois a origem, os sintomas e tratamento podem variar de condição para condição.
No entanto, para facilitar a compreensão das informações contidas neste texto, ainda utilizamos o termo reumatismo para explicar o que é este grupo de doenças, quais os sintomas mais comuns, dicas de alimentação para quem tem reumatismo, assim como algumas formas de tratamento. Vem com a gente!
O que é o reumatismo?
O reumatismo, ou doença reumática, é uma enfermidade caracterizada por um desvio de função dos sistema muscular e osteoarticular de causa não traumática. Ou seja, trata-se de uma condição que afeta articulações, ossos e músculos, especialmente na região dos joelhos, quadril, pescoço, mãos e pés.
É normalmente associado ao envelhecimento, pois conforme a idade for avançando, ocorre o enrijecimento progressivo das articulações do corpo. Mas, atenção: ele pode acometer pessoas de qualquer idade!
Como consequência do reumatismo tem-se, em linhas gerais, a limitação dos movimentos, assim como uma possível deterioração da articulação, o que acaba por interferir na qualidade de vida do paciente.
Quais os sintomas do reumatismo?
O sintoma mais comum indicado pelos pacientes é a dor, que pode variar de intensidade, ritmo e localização dependendo do tipo da doença reumática — estas informações são extremamente importantes para um diagnóstico preciso. Também é interessante saber distinguir a dor mecânica, que aparece a partir do esforço sobre a articulação afetada sobre a dor inflamatória, que fica mais intensa ao acordar.
Outros possíveis sintomas do reumatismo incluem, entre outros sinais:
- Inchaço e vermelhidão nas articulações;
- Dificuldade de movimentar as articulações, principalmente ao acordar;
- Dor nos músculos que envolvem a articulação;
- Dificuldade para elevar os ombros até o pescoço;
- Dificuldade para esticar os braços sobre a cabeça;
- Cansaço generalizado e rigidez dos membros na hora de realizar atividades mínimas, como escrever ou abotoar uma camisa;
- Sensação de mal estar.
6 dicas de alimentação para quem tem reumatismo
O reumatismo, como regra, não tem cura. Porém, é possível viver uma vida sem sentir dores constantes. Existem diversos tratamentos que possibilitam que o paciente tenha uma boa qualidade de vida. Entre estes tratamentos estão a opção por uma dieta focada na redução da inflamação da região afetada e no fortalecimento dos ossos.
É necessária uma atenção extra à dieta para quem tem reumatismo pois pode influenciar na intensidade e no agravamento dos seus sintomas mais recorrentes, como a inflamação, o edema e as dores no corpo. Portanto, se você tem reumatismo, atente-se às seguintes dicas de alimentação e saiba como diminuir este “sofrimento”:
1. Opte por gorduras “boas”
Existem alguns tipos de gorduras indispensáveis para quem sofre com reumatismo: ômega-3 e ômega-6. Possuem propriedades anti-inflamatórias que atenuam os desconfortos ocasionados pela condição médica. Podem ser encontrados em:
- Peixe
- Noz
- Abacate
- Linhaça
- Aveia
- Azeite extravirgem
2. Aumente o consumo de frutas
O ideal é consumir, pelo menos, 400 gramas de frutas diariamente. Todas as frutas são bem-vindas, mas algumas oferecem outros benefícios, tais como frutas de casca roxa, como mirtilo, jabuticaba e açaí, que possuem antocianina — atuam no combate ao estresse oxidativo e partículas inflamatórias.
Outras opções são a manga e a toranja disponibilizam nutrientes que fortalecem a cartilagem, além da maçã, que é composta por quercetina, que também possui caráter anti-inflamatório.
3. Aumente os níveis de cálcio em seu organismo
É imprescindível ingerir alimentos ricos em cálcio para o fortalecimento da resistência dos ossos. Para tanto, é sugerido o consumo de leite e derivados — de preferência desnatados pois possuem menos gordura —, ovo e peixe, que aumentam a absorção e a fixação do cálcio nos ossos. Além disso, outros alimentos ricos em cálcio podem ser considerados em sua dieta, tais como:
- Couve
- Brócolos
- Semente de gergelim
- Chia
Atenção: é essencial adequar os níveis de vitamina D no organismo, pois isso aumenta ainda mais a absorção de cálcio pelo corpo, sendo responsável por manter o equilíbrio do mineral no organismo. Pode ser adquirida por meio da exposição diária ao sol.
4. Mantenha sua flora intestinal saudável
Existem estudos que indicam que quando uma pessoa está com sua flora intestinal em desarmonia, são aumentadas as chances do desenvolvimento de doenças reumáticas devido à ausência de uma absorção eficaz de nutrientes e do aumento da quantidade de bactérias no aparelho digestivo.
Portanto, você pode optar por alimentos probióticos — especialmente o leite fermentado e o iogurte —, assim como aveia, farinhas integrais, frutas e vegetais. Estes alimentos atuam no equilíbrio da quantidade de bactérias na região, melhoram a absorção de nutrientes e atuam como anti-inflamatórios das articulações, pulmão e pele.
5. Não se esqueça das vitaminas e dos nutrientes
As vitaminas e nutrientes são um grupo essencial na alimentação para quem tem reumatismo. As cenouras, o óleo de fígado de bacalhau e a castanha do Pará, por exemplo, possuem em sua composição vitamina A e selênio, que podem atuar como antioxidantes e que fortalecem o sistema imunológico.
As verduras caracterizadas por seu tom verde escuro também são uma ótima opção. O brócolis, espinafre, couve e acelga são fortes fontes de antioxidantes como as vitaminas A, C e K. Além disso, são alimentos ricos em cálcio que, como já visto, protegem e fortalecem os ossos.
Além disso, adote em sua dieta cebola, alho e pimentas. Os dois primeiros alimentos são compostos por quercetina, um antioxidante que atua no alívio das inflamações, enquanto que o terceiro é uma fonte de vitamina C.
6. Evite alimentos que causem sobrepeso e o surgimento de inflamações
Para quem tem reumatismo, é fundamental evitar alguns tipos de alimentos que podem ocasionar o aumento da gordura corporal, e consequentemente sobrepeso, e o surgimento de inflamações, tais como:
- Farinha branca, presente em pães, bolos, salgados, pizzas e bolachas
- Açúcares, contido em doces, sobremesas, geleias e biscoitos
- Bebidas açucaradas industrializadas como refrigerantes, sucos, chás e cafés
- Embutidos, como presunto, peito de peru, mortadela, salsicha, linguiça e salame
- Frituras, como coxinha, pastel, croquetes e demais salgados
- Bebidas alcoólicas
- Molhos e temperos industrializados, como ketchup, caldos, temperos em cubo e extratos de carne
- Fast-food
- Comida pronta congelada
- Mariscos, anchovas, sardinhas e outros peixes gordos;
- Aspargos, feijão, lentilhas, couve-flor e cogumelos;
É importante diminuir a ingestão de carnes, pois podem provocar o acúmulo de ácido úrico no organismo, resultando em dores e desconforto nas articulações.
Atenção: os alimentos acima elencados devem ter seu consumo diminuído, mas não excluídos da dieta, pois alguns deles são fontes de importantes nutrientes no corpo, como o feijão, que possui ferro em sua composição e que, se consumido insuficientemente, pode causar anemia.
Outras formas de tratar o reumatismo
Você conferiu acima algumas dicas de alimentação para quem tem reumatismo que, se casadas com outras atividades rotineiras, podem contribuir para a melhora do tratamento da doença. Entre estas atividades destacam-se:
- Tomar água frequentemente (cerca de três litros por dia)
- Fazer exercícios moderados, que fortalecem as articulações e evitam a progressão da doença, assim com o risco de possíveis lesões (sempre com orientação de seu educador físico ou um fisioterapeuta)
- Uso de suplementos ricos em ômega-3 e vitamina D, que devem ser utilizados conforme prescrição médica ou orientação do nutricionista.
Destacamos que a alimentação para quem tem reumatismo é caracterizada como um complemento ao tratamento, ou seja, não substitui sozinha o acompanhamento médico, assim como as terapias recomendadas. Existem alguns medicamentos recomendados no tratamento dos sintomas de doenças reumáticas, como o Drenareuma®.
O Drenareuma® é um medicamento homeopático indicado como auxiliar no alívio das dores reumáticas agudas e crônicas, dores articulares, dores ósseas, dores musculares, dores nos membros e nos nervos, dores lombares, cefaleia (dores de cabeça) e entorses (distensão de ligamentos e torções).
Atenção: é extremamente importante consultar seu médico(a) para a realização de exames prévios, bem como buscar informações sobre a dosagem correta do medicamento, duração do tratamento e outras orientações de uso. Evite sempre a automedicação.
Fonte(s): Tua Saúde, Tua Saúde 2, Tua Saúde 3, SC Reumatologia, Pfizer Brasil, CUF, MD Saúde e Bula do Drenareuma.